REMANESCENTE

 REMANESCENTE

A igreja universal se compõe de todos os que seguem a Cristo. Mas, nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Este remanescente anuncia que é chegado a hora do juízo, prediz a proximidade de seu 2º advento e proclama a salvação por meio de Cristo. Essa proclamação simboliza os três anjos do Apocalipse 14, coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra. Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho mundial.


Lúcifer(dragão) conseguira arrastar a terça parte dos anjos(estrelas)Apoc.12:4, 7- 9.

Agora, se lhe for possível devorar a Criança que está por nascer terá vencido a guerra.

A mulher que diante dele se encontra está vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de 12 estrelas na cabeça. O Menino que ela está trazendo à luz destina-se a reger todas as nações com cetro de ferro. Lúcifer(dragão) lança-se ao ataque mas seus esforços para matar a Criança são baldados. Em vez disto, a Criança é arrebatada para Deus até ao seu trono. Enraivecido, Lúcifer(dragão) volve a sua ira contra a mãe, à qual são miraculosamente concedida asas, que a conduzem a um lugar remoto especialmente preparado por Deus. Ali ele a sustenta durante um tempo, dois tempos e metade de um tempo - três anos e meio ou 1260 dias proféticos. Apoc. 12:6, 13 e 14.


Em profecia bíblica uma mulher pura representa a fiel igreja de Deus. ‘... te edificarei e serás edificada … serás adornada … plantarás vinhas … plantarão os plantadores e gozarão dos frutos.’ Jeremias 31:4 e 5.


Uma mulher prostituta ou adúltera representa o povo de Deus que experimentou a apostasia. 

‘Disse o Senhor a Moisés: Eis que os teus dias são chegados, para que morras; chama Josué, e apresentai-vos na tenda da congregação para que eu lhe dê ordens. Assim, foram Moisés e Josué e se apresentaram na tenda da congregação. Então, o Senhor apareceu, ali, na coluna de nuvem, a qual se deteve sobre a porta da tenda. Disse o Senhor a Moisés: Eis que estás para dormir com teus pais;  e este povo se levantará, e se prostituirá …  e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele. Nesse dia, a minha ira se acenderá contra ele; desampará-lo-ei e dele esconderei o rosto, para que seja devorado … Esconderei, pois, certamente o rosto naquele dia, por todo o mal que tiverem feito … Escrevei para vós outros este cântico e ensinai-os aos filhos … ponde-o na boca, para que  este cântico me seja por testemunhas contra os filhos de Israel. Quando eu tiver introduzido na terra que mana leite e mel …  e tendo ele comido, e se fartado, e engordado … e me irritado, e anulado a minha aliança; e quando o tiverem alcançado muitos males e angústias … porquanto  conheço os desígnios … ‘  Deuteronômio 31: 14 a 21  (Ezequiel 16 / Isaías 57:8 / Oséias 1 a 3 / Apoc. 17: 1 a 5).


Lúcifer,o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás’, esperava poder devorar a Criança, o longamente esperado Messias. Jesus Cristo. Lúcifer(dragão) ao guerrear contra seu arqui-inimigo Jesus, utilizou-se do império romano. Mas, nem mesmo a morte sobre a cruz pode deter a Cristo em sua missão como Salvador da humanidade. Na cruz Jesus Cristo derrotou a Lúcifer(dragão). Falando de sua crucifixão, Jesus Cristo disse: ‘Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.’ João 12:31.         O Apocalipse descreve o hino celestial de vitória -  ‘... Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, os venceram por causa do sangue do Cordeiro(... Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Apoc.  7:14) e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai ó céus, e vós, os que neles habitais’ Apoc. 12:10 a 12.   

Com a expulsão de Lúcifer(dragão) do Céu, foram restringidas suas ações. Não mais poderia acusar o povo de Deus diante dos seres celestiais. Embora o Céu tivesse motivo para regozijo, a Terra foi advertida: ‘Ai da Terra e do mar;  pois Lucifer(dragão) desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.’ Apoc.12:12.


Dando vasão a sua ira Lúcifer(dragão) começou a perseguir a mulher(igreja) Apoc.12:13 - a qual embora atravessando intensos sofrimentos, sobreviveu. Áreas da Terra fracamente povoadas - ‘o deserto’ - serviram como refúgio para o fiel povo de Deus durante os 1260 dias proféticos ou 1260 anos literais. Apoc. 12: 14 a 16.      Ao final dessa experiência no deserto, o povo de Deus emergiu em resposta a sinais que indicavam a proximidade da volta de Cristo. O apóstolo João identificou esse grupo fiel como ‘os restantes da …  descendência da mulher, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.’ Apoc.12:17.


A Grande Apostasia

A perseguição da igreja cristã ocorreu inicialmente sob Roma pagã, e depois a partir da apostasia gerada em suas próprias fileiras. Jesus advertira aos apóstolos quanto ao aparecimento do engano: ‘Vede que ninguém vos engane. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar se possível, os próprios eleitos.’ Mateus 24:4 e 24      Os seguidores de Cristo experimentariam um período de grande tribulação, mas sobreviveriam a ele (Mateus 24:21 e 22). Impressionantes sinais marcariam, em a Natureza, o fim dessa perseguição; os mesmos sinais determinariam a proximidade do retorno de Cristo (Mateus 24:29, 32 e 33).

Paulo advertira igualmente: ‘Depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.’ Atos 20: 29 e 30.         

Paulo explicou que tal apostasia teria de ocorrer antes do retorno de Cristo. O apóstolo apontou como evidência de que a vinda de Cristo ainda não era iminente. Ou, segundo suas próprias palavras: ‘Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.’ II Tessalonicenses 2:3 e 4.

Mesmo nos dias de Paulo, a apostasia já  se encontrava em operação, embora de forma limitada. Seu método de operação era satânico, ‘com todo o poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça.’ II Tess.2:9 e 10.     Antes do final do primeiro século, o apóstolo João observou que ‘muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora’. Efetivamente, disse ele, ‘ o espírito do anti-cristo … presentemente já está no mundo.’ I João 4: 1 e 3.


A Ascendência do ‘Homem do Pecado’

À medida que a igreja abandonou seu ‘primeiro amor’ (Apoc.2:4), perdeu-se a pureza da doutrina, seus elevados padrões de conduta pessoal e o invisível laço de unidade gerado pelo Espírito Santo. Na adoração, o formalismo ocupou o lugar da simplicidade. Popularidade e poder pessoal passaram a influir mais e mais na escolha dos líderes, que primeiro assumiram crescente autoridade nas igrejas locais, e então procuraram estender sua autoridade sobre as igrejas vizinhas.

A administração da igreja local sob orientação do Espírito Santo, com o tempo  cedeu lugar ao autoritarismo eclesiástico depositado nas mãos de um único oficial, o papa, ao qual todo membro individual da igreja estava sujeito e através de quem, unicamente, se dizia ter este membro acesso à salvação. Portanto, a liderança pensava apenas em dirigir  em vez de servi-la, e o ‘maior’(Marcos 10:43 a  45) já não era aquele que a si mesmo se considerava como ‘servo de todos’. Assim, de modo gradual, desenvolveu-se o conceito de uma hierarquia sacerdotal que se interpunha entre o indivíduo e o seu senhor.

O papa emergiu como o poder supremo da cristandade. Com o apoio do imperador, o papa veio a ser reconhecido como a cabeça visível da igreja universal, investido de autoridade suprema sobre todos os líderes da igreja em todo o mundo.

Sob a liderança do papado, a igreja cristã mergulhou em apostasia profunda. Padrões de conduta rebaixados fizeram com que os não-convertidos se sentissem à vontade no seio da igreja. Multidões que conheciam pouquíssimos do verdadeiro cristianismo, uniram-se à igreja apenas nominalmente, trazendo consigo suas doutrinas pagãs, imagens, formas de adoração, celebrações, festas e simbolismos.

Esse compromisso entre paganismo e cristianismo conduziu à formação do ‘homem do pecado’ - sistema de falsa religião, mistura de verdade e erro. A profecia de II Tessalonicenses 2 não condena indivíduos, mas expõe o sistema religioso responsável pela grande apostasia. Muitos dos crentes que estão dentro  deste sistema, contudo, pertencem à Igreja universal de Deus, pois vivem de acordo com a luz que possuem.


A Igreja Sofredora

Com o declínio da espiritualidade, a igreja de Roma desenvolveu um perfil mais secular, estreitando seus laços com o governo imperial. Igreja e Estado uniram-se numa aliança não santificada.

Em seu clássico A cidade de Deus’, Agostinho - um dos mais influentes Pais da Igreja - estabeleceu o ideal católico de uma Igreja universal controlando um Estado universal. O pensamento de Agostinho assentou as bases da teologia papal da Idade Média.

Em 533 D.C., numa carta incorporada ao Código de Justiniano, o imperador Justiniano declara o papa como sendo a cabeça de todas as igrejas. Ele também reconheceu a influência do papa na eliminação de hereges.

Quando Belisário, general de Justiniano, libertou Roma em 538 D.C., o papa libertou-se do controle dos ostrogodos, cujo arianismo tivera como consequência restringir o crescimento da Igreja Católica. Agora o papa poderia exercer as prerrogativas do decreto de Justiniano de 533 D.C.; ele poderia fazer crescer a autoridade da ‘Santa Sé’. Assim começaram os 1260 anos de perseguição, previstos pela profecia bíblica. ‘Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos  do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempo e metade de um tempo.’ Daniel 7:25.         ‘A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante 1260 dias.  … e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.’ Apoc.12:6 e 14.        ‘Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir 42 meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo … Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida …’ Apoc. 13:5 a 8.

Tragicamente a Igreja, com a assistência do Estado, tentou impor seus ensinamentos a todos. Muitos abdicaram de suas crenças por temor a perseguição, enquanto aqueles que se mantiveram fiéis aos ensinamentos bíblicos, sofreram severa perseguição.  Muitos foram aprisionados ou executados em nome de Deus. Durante os 1260 anos de perseguição, milhões de crentes fiéis pagaram com a própria vida sua lealdade a Cristo.

Muito antes do surgimento da Reforma, ergueram-se dentro da própria Igreja as vozes daqueles que protestavam a eliminação sumária dos opositores, contra as suas arrogantes pretensões e contra a sua desmoralizadora corrupção. A indisposição da Igreja em reformar-se, deu à luz a Reforma Protestante no 16º século. Seu sucesso foi um duro golpe para o prestígio e autoridade da Igreja de Roma. O papado, por intermédio da Contra-Reforma, envolveu-se numa sangrenta batalha contra o Protestantismo, mas gradativamente foi ele perdendo a luta contra as forças que reclamavam liberdade civil e religiosa.

Finalmente, 1260 anos depois de 538 D.C., a Igreja Católica Romana recebeu uma ferida mortal(Apoc.13:3), Às espetaculares  vitórias dos exércitos de Napoleão na Itália, colocaram o papa à mercê do governo revolucionário francês, que via na religião romana um inimigo irreconciliável da República. O governo francês ordenou a Napoleão que tomasse o papa como prisioneiro. Sob as suas ordens, o general  Berthier entrou em Roma e proclamou o fim  do governo civil do papado. Levando o papa Pio VI como prisioneiro, Berthier conduziu-o até a França, morrendo na prisão em 29/08/1799.  Sua prisão, assinalou o término do período profético dos 1260 anos.


A Reforma Estagnada

A reforma da Igreja cristã não deveria ter cessado no 16º século. Os reformadores haviam alcançado muito, mas não haviam redescoberto toda a luz que a apostasia suprimira. Eles mal haviam tirado o Cristianismo das trevas, mas ele ainda permanecia nas sombras. Eles haviam quebrado a mão férrea da Igreja medieval, restaurado o evangelho básico e oferecido a Bíblia ao mundo mas haviam falhado em redescobrir outras verdades importantes. O batismo por imersão, a imortalidade ancorada em Cristo(por ocasião da ressurreição dos justos), o 7º dia como sábado bíblico e outras verdades achavam-se ainda nas sombras.

Em vez de fazer avançar a Reforma, os sucessores dos reformadores trataram de consolidar suas posições. Passaram a focalizar suas atenções nas palavras e opiniões dos reformadores, em vez de fazê-lo sobre as Escrituras. Uns poucos descobriram novas verdades, mas a maioria recusou-se avançar para além daquilo que os primeiros reformadores haviam apresentado. Os erros que deveriam ter sido corrigidos foram perpetuados. Consequentemente, a fé protestante  degenerou em formalismo e escolasticismo, e as igrejas protestantes se tornaram frias e formais.


Que é o Remanescente?

Quando os 1260  anos de opressão findaram em 1798 D.C., constatou-se que Lúcifer(dragão) fracassara em erradicar o experimentado povo de Deus.  Ao descrever a batalha de Lúcifer(dragão) e a sua descendência, o apóstolo João utilizou a expressão ‘os restantes da sua semente’. Esta expressão significa ‘os que sobraram’, ou ‘remanescente’.  A Bíblia retrata o remanescente como um pequeno grupo filhos de Deus que, ao longo de calamidades, guerras, e apostasias, permanece fiel a Deus. ‘Partiram os correios com as cartas do rei  … por todo o Israel e Judá, segundo o mandado do rei, dizendo: … voltai-vos ao Senhor … para que ele se volte para o restante que escapou do poder dos reis da Assíria.’ II Crônicas 30:6.        ‘tornaremos a violar os teus mandamentos e aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu, assim, contra nós, até de todo nos consumidores, até não haver restante nem alguém que escapasse?  … justo és, pois somos os restantes que escaparam, como hoje se vê. Eis que estamos diante de ti na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na sua presença por causa disto.’ Esdras 9:14 e 15‘Acontecerá, naquele dia, que os restantes … que se tiverem salvado nunca mais se estribarão naquele que os feriu, mas, com efeito, se estribarão no Senhor … Os restantes se converterão ao Deus forte … o restante se converterá; destruição será determinada, transbordante de justiça.’ Isaías 10:20 a 22

‘e disseram a Jeremias, o profeta: apresentamos-te a nossa humilde súplica, a fim de que rogues ao Senhor, teu Deus, por nós e por este resto; porque de muitos que éramos, só restamos uns poucos, como vês com teus próprios olhos.’ Jeremias 42:2‘Mas deixarei um resto, porquanto alguns de vós escapareis da espada entre as nações, quando fordes espalhados …’ Ezequiel 8:6.     ‘Mas eis que alguns restarão nela, … eles virão a vós outros, e vereis o seu caminho e os seus feitos; e ficareis consolados do mal que fiz vir …’ Ezequiel 14:22.

Deus comissionou o remanescente a declarar Sua glória e conduzir Seu povo espalhado em todo o mundo ao Seu ‘santo monte, Jerusalém’ ou ‘Monte Sião’. ‘O que escapou da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto por cima; porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião, o que escapou.’ Isaías 37:31 e 32.     ‘Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele 144 mil …’ Apoc.14:1.   

O remanescente dos últimos dias não pode ser facilmente confundido. João descreve esse grupo em termos bastante específicos. O grupo apareceria depois dos 1260 anos de perseguição e é constituído por aqueles que ‘guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.’ João define o ‘testemunho de Jesus’ como o ‘Espírito de profecia’ (Apoc.19:10). O remanescente será conduzido pelo testemunho de Jesus, manifestado através do dom de profecia. 

A revelação da verdade que vem ao remanescente ajuda-o a empreender sua missão de preparar o mundo para o retorno de Cristo. Eles têm sobre si a responsabilidade de proclamar a advertência final de Deus ao mundo, a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14.

O cumprimento de grandes sinais cósmicos - em que a Terra, Sol, Lua e estrelas testificam da proximidade do retorno de Cristo conduziram a um grande reavivamento no estudo das profecias. Muitos cristãos reconheceram que o ‘tempo de fim’ havia chegado.  ‘Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.’ Daniel 12:4.   E resultou num poderoso movimento interconfessional, centralizado na esperança do 2º advento. O movimento adventista representou um genuíno movimento interconfessional bíblico, centralizado na Palavra de Deus e na esperança do Advento. Seu estudo da Bíblia revelou que as provas e desapontamentos que Deus lhe permitirá atravessar, constituíam uma experiência profundamente espiritual e purificadora, que os fizera unir-se como povo remanescente de Deus. O Senhor os comissionara a prosseguir com a reforma. Aceitaram a missão em virtude da misericórdia e poder de Cristo - único meio pelo qual poderiam alcançar sucesso.


As Três Mensagens Angélicas

Essas três mensagens angélicas correspondem à resposta de Deus aos extraordinários enganos satânicos que varrem o mundo justamente antes do retorno de Cristo. (Apoc. 13:3 / 13:8 / 13: 14 a  16). Após o apelo divino dirigido ao mundo, Cristo retorna para efetuar a colheita. Apoc.14:14 a 20.


A 1ª Mensagem Angélica

A 1ª mensagem angélica está relatada em Apoc. 14:6 e 7

O remanescente não apresenta um evangelho diferente - em vista do julgamento eles reafirmam o evangelho eterno, de que os pecadores podem ser justificados pela fé e receber a justiça de Cristo. O fato de que ‘a hora do juízo é chegado’ acrescenta urgência ao chamado para arrependimento.

 A mensagem da hora do juízo aponta particularmente para o tempo em  que - na última fase de Seu ministério sumo-sacerdotal no Céu - Cristo iniciou Seu trabalho de julgamento.

O chamado de Deus para adoração deve ser posta em contraste com o chamado para adoração da besta e sua imagem. (Apoc.13:3 / 13:8 / 13:15). Em breve todos terão que tomar a decisão entre a verdadeira e a falsa adoração - entre adorar a Deus, nos termos em que Ele coloca este ato(justificação pela fé) ou adorar em nossos próprios termos(justificação pelas obras). Ao ordenar-nos que adoremos ‘Aquele que fez Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas’. (Apoc.14:7 comparar com Êx.20:8 a 11), esta mensagem chama a atenção para o 4º mandamento. Conduz as pessoas à verdadeira adoração do Criador, uma experiência que envolve a honra de Seu memorial da Criação -  o sábado do Senhor, o dia sétimo, que Ele instituiu na Criação e confirmou ao entregar os Dez Mandamentos. Este é o sinal de Deus (Ezeq. 20:12 e 20). Sinal este negligenciado pela maioria dos seres criados.


A 2ª Mensagem Angélica

A 2ª mensagem angélica está relatada em Apoc.14:8.

A cidade de Babilônia simboliza desafio a Deus. Sua torre era um monumento de apostasia e centro de rebelião.(Gênises 11:1 a 9). Lúcifer(dragão) era o seu rei invisível(Isaías 14:12 a 14).

Durante os primeiros séculos da era cristã, quando os romanos oprimiam tanto os judeus quanto os cristãos, estes referiam-se à cidade de Roma como sendo Babilônia. (I Pedro 5:13).   Os protestantes da era da Reforma e Pós-Reforma, em virtude da apostasia e perseguição, referiam-se à Igreja de Roma como sendo Babilônia espiritual(Apoc.17), a inimiga do povo de Deus.

No Apocalipse, Babilônia refere-se a uma mulher de má qualidade(Apoc.17:5). Ela simboliza de um modo especial a grande aliança religiosa apóstata entre a besta e a sua imagem, a qual trará a lume o desfecho da crise final. (Apoc.13:15 a 17).

Ela ‘tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição’. O ‘vinho’ da Babilônia representa seus ensinos heréticos. Babilônia pressionará o Estado para que este obrigue a imposição universal de seus falsos ensinos religiosos.

Babilônia caiu porque se recusou a atender à mensagem do 1º anjo - o evangelho da justificação pela fé no Criador. Assim como durante os primeiros séculos da era cristã a Igreja de Roma apostatou, assim muitos protestantes da atualidade se desviaram das grandes verdades da Reforma. Diz o anjo: ‘Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos’. (Apoc.18:4).


A 3ª Mensagem Angélica

A 3ª mensagem angélica está relatada em Apoc.14: 9 a 12.

O 3º anjo proclama o mais solene aviso divino contra adoração da besta e de sua imagem - que é o procedimento no qual se envolvem, em última análise, todos aqueles que rejeitam o evangelho da justificação pela fé.   As igrejas se unirão com o Estado para impôr seus ensinamentos às pessoas. Ao unirem Igreja com Estado, se tornarão uma perfeita imagem da besta - a igreja apóstata que perseguiu durante os 1260 anos. Esta é a razão de utilizar a expressão ‘imagem da besta’.

Aqueles que rejeitam o memorial divino da Criação, o sábado do Senhor, e escolheram adorar e honrar o ‘domingo climático’, pois este não é apontado por Deus como dia de adoração, receberão a marca da besta, a marca da rebelião.


RESUMO

Aqueles que optam por adorar a Deus sofrerão a ira de Lúcifer(dragão)Apoc.12:17  e, num determinado momento, chegarão a ser ameaçados de morte(Apoc.13:15), ao passo que aqueles que escolhem adorar a besta e sua imagem incorrerão nas 7 últimas pragas e finalmente enfrentarão ‘o lago de fogo ardente.’ ( Apoc.15 e 16 / 20:14 e 15).     

Contudo, ainda que ambas as decisões impliquem sofrimentos, os resultados finais são diferentes. Os adoradores do Criador escaparão da ira mortal de Lúcifer(dragão) e estarão em pé com o Cordeiro no Monte Sião(Apoc.14:1 / 7:2 e 4). Os adoradores da besta e de sua imagem, a seu turno, recebem a plenitude da ira de Deus e morrem na presença dos santos anjos e do Cordeiro. (Apoc.14:9 e 10 / 20:14).

E que é através dos remanescentes que Ele proclama a verdadeira adoração e a preparação para o retorno de Cristo.


“Rogo-vos ainda, irmãos, que suporteis a presente palavra de exortação, tanto mais quanto vos escrevi resumidamente.” Hebreus 13:22


Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, pelo sangue da eterna aliança, o grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçõe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.” Heb.13:20 e 21.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Santuário e Salvação

CRITICA TEXTUAL